Biografia
Solange Tavares da Cunha nasceu em Cotegipe, interior do Estado da Bahia no dia 18 de agosto de 1959. Filha de Eduardo Tavares da Cunha e Albertina Antônia da Cunha, passou sua infância e adolescência em sua cidade natal. Em janeiro de 1978 casou-se e foi morar em Santos-SP onde teve seu primeiro filho Rodrigo. Em 1980 retornou para a Bahia onde nasceram seus três últimos filhos: Maianna, Rita de Cássia e Aldo Ted, mas em 1997, enfrentou uma separação litigiosa.
Retomou seus estudos em 1989 cursando o Magistério no Colégio Estadual Antônio Geraldo em Barreiras- Ba, e concluiu em 1991. Prestou vestibular na rede pública UESC em 2008, sua graduação em Letras Vernáculas devido as greves, conseguiu colar grau em 2015. Na UNOPAR, em Barreiras, na Área de Humanidades, cursou Africanidades e Cultura Afro-Brasileira. Um dos seus sonhos é ser historiadora, curso que já está a caminho. Ela diz:
“ Eu como professora e escritora, uma das minhas metas é a descolonização do currículo, pretendo recontar e contar outras histórias, esconderam muito de nós”.
Entre estudos e atividade doméstica, ela escrevia contos, poesias e registro de acontecimentos públicos e familiares, sempre ressaltando com riqueza de detalhes esses eventos. Sua fonte de inspiração, segundo ela, é a sua terra natal, Cotegipe-Bahia, pois foi lá que ela viveu sua infância e adolescência sem luxo e sem brinquedo. O seu primeiro livro “Cotegipe Quase um documentário” foi publicado em 2000, onde ela conta de forma simples e clara, a rotina singela de uma numerosa família do interior, nos chamando atenção para um modelo de educação fundamentada nos valores morais, cívicos e religiosos. Em 2001 ela publicou seu segundo livro “Ser antes de tudo Solosófica” onde ela aponta três tipos de mulheres existentes na sociedade: a dogmática, a cética e a científica. O terceiro e a quarto trabalho são respectivamente: “O diário de uma chorona e “À minha amiga Bianca”, suas obras: Coletânea Poética e Vamos falar sobre as flores foram publicadas online através da ABL. A sua próxima obra, dizendo ela, será uma grandiosa contribuição para a educação e a sociedade como um todo, pois hoje enxerga o mundo de outra forma, depois que se pós graduou e também pelo fato de estar estudando, pesquisando sobre os estudos críticos da Branquitude e Branquidade, enfim o Racismo.
Hoje, Solange continua amante da sabedoria, enfoca nas suas conversas rotineiras temas como: questões ambientais e empoderamento da mulher, se autodeclara amarela, feminista antirracista, é professora, artesã e poetisa, membro fundadora da Academia Barreirense de Letras ocupando a cadeira três, sentiu-se feliz porque conseguiu fazer uma homenagem ao seu conterrâneo cotegipense, colocando como patrono, José Maurício Mariani Wanderley, (Zizito). Mas antes disso homenageou o angicalense, José Ambrósio de Machado Filho. Houve mudanças no regimento da ABL. Hoje, tem como patrona, Carolina Maria de Jesus, escritora negra mineira e autora do livro best seller autobiográfico “Quarto de despejo”. Solange diz que é para valorizar, tornar a literatura negra mais visível, pois ainda tentam apagá-la apesar de que já percebo um avanço, fazendo com que as políticas públicas em prol da cultura Afro-Brasileira esteja de fato funcionando, ainda em passos
Solange presidiu a Academia Barreirense de Letras e sente-se bem pelo fato de que, na sua gestão, ter criado o projeto para que a confraria cultural de grande relevância que é a ABL, se tornasse uma instituição de utilidade pública pelas ações prestadas em prol das composições literárias de autores barreirenses e da Região Oeste da Bahia, e que para isso precisava de uma sede própria. O projeto foi posto em votação e aceito por unanimidade na Câmara de vereadores de Barreira, com indicação do vereador, João Felipe.
No bairro São Miguel, é sempre atuante e já presidiu o bairro por três vezes ,desenvolvendo projetos voltados para as questões educacionais e sócio-culturais.
Autora: Maria da Conceição Oliveira Cunha- (Ceiça)