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EDELVIRA WANDERLEY MORENO (Mãe Dadá)

Natural de Angical, Edelvira Wanderley Moreno nasceu em 10 de outubro de 1914 e ainda jovem se mudou para Barreiras, onde casou com Custódio Moreno, com quem teve 13 filhos. Foi alfabetizada em casa e se tornou autodidata, alfabetizando seus próprios filhos antes de frequentarem a escola.

Em 2004, ao completar 90 anos, lançou o livro biográfico História de uma Vida, que era um sonho acalentado por muitos anos. Mãe Dadá, como era carinhosamente chamada, foi membro fundadora da Academia Barreirense de Letras e um dos alicerces da sua construção. Ocupou a cadeira de número 10 e tinha como patrono o jornalista e escritor barreirense Hildon Rocha.

Aos 96 anos faleceu em 10 de agosto de 2010. Como testemunha da sua passagem por esta entidade, trazemos um texto assinado pela também membro fundadora da ABL, Ignez Pitta de Almeida, publicado no jornal Novoeste em 14 de agosto de 2010.

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Biografia

ADEUS A MAE DADÁ

Edelvira Wanderley Moreno nasceu em Angical, mas Deus a conduziu para o meio de nós, em Barreiras, para que tivéssemos o privilégio de conviver com essa pessoa abençoada e iluminada. Em Barreiras Mãe Dadá, como era conhecida, se casou com o Sr. Custódio Moreno, foram agraciadas com a vinda de muitos filhos, depois netos, bisnetos... Foi muita luta, naquele tempo em que não existia Universidade em Barreiras, proporcionar as possibilidades de estudos em grau superior aos filhos que assim o desejaram.

 

Para outros, o Colégio Padre Vieira, foi a base e ainda o curso de Magistério para muitas filhas, que se tornaram professoras em nossa terra, espalhado o saber que Mãe Dadá sempre buscava e prezava. Teve muitas alegrias, mas que foram intercaladas com os profundos sofrimentos causados pela doença e perda do esposo e depois de alguns filhos queridos, ainda jovens. Mas o espírito de Mãe Dadá não se abatia com as dores. Buscando consolo em Deus e na espiritualidade, mantinha a alegria verdadeira, seu maior dom, e a alma e o coração aberto para acolher quantos dela se aproximassem. Sonhou em registrar sua vida em um livro, e, depois de muitos anos compartilhando os momentos doces e amargos da existência com os seus e com os de fora, adquiriu computador, aprendeu informática e lançou um livro, que é da sua vida e também de Barreiras e região. Por último, escreveu a vida do escritor e jornalista barreirense, Hildon Rocha, que foi, desde a infância seu vizinho e por quem ela nutria grande amizade a admiração. Essa obra está em vias de ser publicada pela Academia Barreirense de Letras e agora o será também como tributo à sua autora. Quando o Dr.Luís Pamplona idealizou criar, com os poetas e escritores locais, uma Academia Barreirense de Letras, foi na residência de Mãe Dadá que aconteceu a primeira reunião da fundação. E depois tantas outras... porque ela abria sua casa e seu coração para a Academia, que passou a amar como mais uma filha. Não perdia uma reunião, sendo verdadeiro exemplo para todos, compareceu até a reuniões em Santa Rita de Cássia e em Riachão das Neves, sempre conduzida pelo filho, Antônio de Pádua. A partir de 2009, quando a dificuldade de andar aumentou e ela se sentiu entristecida por não poder mais comparecer, o Presidente da Academia Barreirense de Letras, Sr. Vinicius Lena, propôs aos Associados fazerem as reuniões na casa de Mãe Dadá, se ela quisesse, o que aceitou com imensa alegria, sempre brindando os colegas com deliciosos lanches compostos de bolos e biscoitos típicos, após as sessões. Após 95 anos de amor, de dedicação, alegria e acolhimento a Deus e ao próximo, Mãe Dadá realizou plenamente a citação evangélica: cumpriu seu dever, terminou sua carreira, guardou a fé. E por isso, já ouviu de Cristo: “Vinde, bendita de meu Pai”...”

(Texto com informações de familiares, que também cederam as fotos)

Obras

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